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Homeopatia – Conhecer Antes de Julgar

 

Raquel Mônaco – Psicóloga  

Terapeuta Comportamental - CRP.:79610

clinica@conhecereagir.com.br

  

        A Homeopatia considera a pessoa como um todo que não se divide. Por isso, trata o doente, além de suas queixas físicas, através dos seus hábitos, a maneira como age aos seus problemas, aos acontecimentos de sua vida. A Homeopatia conhece todas as características de uma pessoa. 

 

        A terapia homeopática varia de acordo com as reações do doente, enquanto a medicina comum, a alopática, combate uma determinada doença em indivíduos diferentes com o mesmo medicamento. A filosofia da Homeopatia é a vitalista, e diz que toda pessoa possui uma energia que a mantém viva, a energia vital. Essa energia, proveniente do Universo, mantém o funcionamento harmônico do organismo no estado de saúde. Quando esta energia se desequilibra, o organismo fica doente. Esse desequilíbrio transparece em um corpo e mentes doentes. Por isso, o médico homeopata observa todas as mudanças do doente, o seu humor, disposição, ânimo, apetite, sono, sede, transpiração, etc., para fazer um diagnóstico preciso, e descobrir a causa desse desequilíbrio. A causa do aparecimento das doenças significa um desequilíbrio da energia vital. E dependendo de cada pessoa, elas adoecem devidos fatores biológicos, a atuação de um vírus, por exemplo; e outros fatores externos, como o frio, o calor, uso de drogas, modo de vida, conduta pessoal; fatores esses que são sempre levados em conta na hora do diagnóstico.

 

        A homeopatia procura corrigir não só o metabolismo, mas também o sentimento de inadequação para levar a pessoa a um estado de harmonia - entendida como o perfeito funcionamento e integração entre o físico e o emocional.          

 

        Para a homeopatia, quaisquer características humanas, desproporcionais em sua expressão natural e promotora de distúrbios de qualquer natureza (espiritual, social, familiar, escolar, psíquica, emocional, física, climática, alimentar etc.), são consideradas sintomas homeopáticos, que integram a suscetibilidade mórbida individual e devem estar incorporadas à totalidade sintomática característica do indivíduo enfermo. Se esta manifestação sintomática estiver descrita nas experimentações patogenéticas dos milhares de medicamentos homeopáticos que compõe a Matéria Médica Homeopática (MMH), poderemos modular sua manifestação através da aplicação do princípio da similitude terapêutica.

 

        Assim sendo, apesar do diagnóstico clínico ou psiquiátrico ser fundamental para situar o médico homeopata, e o Homeopata Clássico, perante a gravidade e o prognóstico do quadro, a semiologia homeopática utiliza o conjunto de sintomas característicos (mentais, gerais e físicos) para realizar o diagnóstico medicamentoso.

 

        A Homeopatia tem seu início com Christian Frederick Samuel Hahnemann (1755-1843), nascido na cidade de Meesin, Alemanha. Formou-se em medicina, mas abandonou-a posteriormente pois acreditava que os métodos usados na época eram bastante primitivos e sem maiores embasamentos científicos. Passa a viver de traduções de obras científicas e em uma delas, “Matéria Médica”, de um conceituado médico escocês, Dr. Cullen, leu que o médico obtia sucesso na cura da malária através de cascas de quina. Como a malária tem como principal característica uma febre alta e a planta quando consumida causava uma ardência no estômago, ele concluiu que “substâncias que provocam uma espécie de febre, cortam diversas variedades de febre intermitente’, ou seja, ‘febre cura febre”. Idéia parecida já foi citada por Hipócrates como o Princípio da Similitude, onde se curava ‘o mal com o mal”.

 

        Hahnemann passa a experimentar nele mesmo, em amigos e familiares as mais variadas substâncias das quais foram observados e anotados todos os efeitos no organismo.Depois iniciou seu método aplicando as substâncias testadas em doentes que apresentavam os mesmos sinais estudados. Obteve enorme sucesso em sua nova prática, a qual chamou Homeopatia - que significa semelhante a doença.

 

        Unindo seu conhecimento médico ao resultado de sua pesquisa, Hahnemann formulou os Princípios da Homeopatia:

 

- Toda substância ou droga utilizada como remédio homeopático deve ter sida antes experimentada no homem são.

 

- Os medicamentos homeopáticos devem ser selecionados em concordância com a lei farmacológica de similitude, onde se observa que tais remédios causam em indivíduos sadios, os mesmos sintomas que a enfermidade causaria.

 

- As substâncias utilizadas como tratamento devem ser administradas em doses diminutas, diluídas e dinamizadas (técnica específica para o preparo de medicamentos homeopáticos).

 

- As drogas homeopáticas indicadas aos pacientes deve ser de remédio único, não de complexos, onde se perderia a referência de qual medicamento estaria fazendo o efeito desejado.

 

        O princípio adotado e declarado universal para a terapêutica homeopática é Similia Similibus Curenter : ” os semelhantes se curam pelos semelhantes”- onde a idéia básica é o médico tentar igualar os sintomas que uma droga é capaz de provocar numa pessoa saudável aos sintomas do paciente, e esta droga então é usada para tratar a doença (Campbell,1991).

 

        Neste período em que viveu Hahnemann houve uma forte tendência ao uso da Homeopatia por parte de muitos médicos, já que a medicina ortodoxa desta época apresentava soluções muito drásticas às enfermidades, levando os médicos a inclinarem para tratamentos menos agressivos com resultados eficazes, diminuindo o risco de vida dos pacientes.

 

        A Homeopatia se difundiu pelo mundo através dos discípulos de Hahnemann.

 

A Homeopatia no Brasil

 

        A Homeopatia foi introduzida no Brasil por um discípulo de Hahnemann, o francês Benoit Jules Mure, que chegou aqui em 1840. Ele inicia o ensino, a prática e a propagação da Homeopatia no Rio de Janeiro. Seu primeiro discípulo no Brasil foi o médico português João Vicente Martins que propagou a Homeopatia no norte e nordeste do Brasil.

 

        A Homeopatia no Brasil mantém sua força e seu crescimento até o final da década de vinte, quando inicia seu declínio, talvez pelo aparecimento da nova terapêutica química na medicina, como as sulfas anteriormente e os antibióticos posteriormente, encontrando os homeopatas despreparados filosoficamente para o exercício da homeopatia.

 

        Nos anos sessenta praticamente não existia mais a Homeopatia no país, mas foi nesta mesma década , quando em todo mundo e em diversos setores se seguem os movimentos de contestação do “status quo’ que a Homeopatia é beneficiada retornando num ritmo crescente em termos de prestígio, notoriedade e demanda.

 

        Reconheço na Homeopatia, não o milagre, mas a dignidade que se pode oferecer ao ser humano.

  

        Fonte de pesquisa: Manual de referência para docentes e discentes da Associação Paulista de Homeopatia de 1995.

 

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